segunda-feira, 6 de setembro de 2010

PLANO ANUAL DE ACTIVIDADES: JUNHO 2010-JUNHO 2011

Todas as actividades do movimento cívico terão muito a ganhar em serem implementados em parceria, designadamente com a Câmara Municipal de Odivelas, as Juntas de Freguesia da Pontinha, de Carnide e de Alfornelos e outras instituições, associações e movimentos cívicos.

1. Classificação patrimonial do Posto de Comando
Recolher o máximo possível de assinaturas da petição on-line pela classificação patrimonial do Posto de Comando do MFA, para apresentar na Assembleia da República no início do ano de 2011.

2. Entrevista aos operacionais
Proceder à recolha de entrevistas em vídeo com os operacionais do Posto de Comando, para a produção de materiais didácticos destinados prioritariamente às escolas: vídeos, brochuras, livro.

3. Programa na TV Nova Odivelas
Garantir um programa semanal na TVNO, com a duração de 3/5 minutos, onde se dê a conhecer a actividade do nosso movimento cívico.

4. Conferências do Posto de Comando
Promover a organização do 1º Ciclo Anual de “Conferências do Posto de Comando”, em torno do Estado Novo, da Resistência e do 25 de Abril. O local privilegiado da sua realização é o Auditório do Posto de Comando.

5. Divulgação do Posto de Comando
Iniciar a divulgação do Posto de Comando nas escolas, associações e outras instituições das três freguesias limítrofes do Posto de Comando: Pontinha, Carnide e Alfornelos e em todo o concelho de Odivelas.

6. Memorial ao Posto de Comando e ao 25 de Abril
Lançar a discussão e os contactos institucionais para a concretização desta ambição de longa data. Criar condições para a sua implementação com participação pública.

Posto de Comando Sempre – Movimento Cívico / Junho 2010

segunda-feira, 17 de maio de 2010

MOVIMENTO CÍVICO DOS AMIGOS DO POSTO DE COMANDO



A Câmara Municipal de Odivelas manifestou a intenção de iniciar o processo de classificação do Regimento de Engenharia 1. Tornada pública a notícia, não tenho dúvidas em aplaudir a iniciativa autárquica. Classificar aquele quartel é mais do que justo, pelo que representa para a Pontinha, para o concelho de Odivelas e para o país. De facto, aquela Unidade militar tem colaborado, desde longa data, na resolução de problemas da população, aderiu prontamente à celebração do protocolo com a câmara sobre o Posto de Comando e tem desempenhado notáveis missões humanitárias no estrangeiro, designadamente em palcos de guerra.
Em todo o caso, sem querer ser pessimista em relação à ambição do projecto autárquico, não posso deixar de manifestar algum receio de que, pretendendo classificar um quartel com uma área tão significativa, acabe por dificultar a classificação do edifício do Posto de Comando. Espero, muito sinceramente, que isso não venha a acontecer. Estarei incondicionalmente na primeira linha da defesa da proposta da câmara.
Quanto à petição na Internet, ela manter-se-á até que o processo seja entregue pela câmara ao IGESPAR. Servirá de apoio cívico à classificação, pelo menos, do Posto de Comando. Já ultrapassámos o milhar de assinantes e queremos chegar aos 5.000.
Finalmente, quero congratular-me com a decisão de criar um movimento cívico por parte de um grupo de subscritores da petição pela classificação patrimonial do Posto de Comando. Já se realizaram duas reuniões e temos, em cima da mesa, um nome para esse movimento cívico: POSTO DE COMANDO SEMPRE.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

MOVIMENTO CÍVICO DO POSTO DE COMANDO

O Almirante Victor Crespo junto da sua figura no Posto de Comando.

Na sequência dos apelos lançados, está em marcha a criação de um movimento cívico a favor do Posto de Comando do MFA. Já se realizaram duas reuniões de subscritores da petição pela sua classificação como monumento nacional. Dessas reuniões, resultaram os objectivos centrais deste movimento cívico, a saber:
1) Lutar pela classificação patrimonial do Posto de Comando como Imóvel de Interesse Nacional ou de Interesse Público.
2) Dinamizar o Posto de Comando, promovendo iniciativas no seu espaço, designadamente em parceria com outras instituições.
3) Divulgar o Posto de Comando, prioritariamente no concelho de Odivelas e nos concelhos limítrofes, sobretudo entre os estudantes.
4) Promover a instalação de um Memorial ao 25 de Abril e ao Posto de Comando do MFA.
5) Sensibilizar a sociedade civil para os objectivos do Movimento, com vista à sua colaboração activa.

Contamos com o apoio e empenho dos amigos do Posto de Comando.

sábado, 1 de maio de 2010

PRESIDENTE DA JUNTA DA PONTINHA A FAVOR DA CLASSIFICAÇÃO DO POSTO DE COMANDO

Destacamos aqui o discurso do Presidente da Junta de Freguesia da Pontinha, em que defendeu que o Posto de Comando "Seja preservado, dignificado e elevado à categoria de Monumento Nacional (...) Não basta ser Monumento de Interesse Municipal, não basta enumerarmos um sem número de intenções, queremos dar-lhe mais dignidade, queremos deixar às actuais gerações e às vindouras, um Local reconhecido por Lei, para que perdure no coração e seja referenciado como símbolo da verdadeira liberdade" (jornal NOVA ODIVELAS, 30/4/2010, p. 8).
É desta forma clara e objectiva que os políticos se definem quanto ao apoio incondicional a uma causa nobre, tanto mais que, bem sabemos, foi sempre esta a postura do presidente da Junta da Pontinha sobre o Posto de Comando.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

AMIGOS DO POSTO DE COMANDO-12

Visita de estudantes ao Posto de Comando.

O Núcleo Museológico do Posto de Comando do MFA tem um problema grave desde que foi criado, em 2001: a falta de garantia da sua preservação enquanto espaço de memória do 25 de Abril. Na verdade, não se trata verdadeiramente de um museu, integrado na rede nacional (nem local) e, em consequência, está dependente do quartel onde está instalado, o Regimento de Engenharia Nº 1 - Pontinha. Se o quartel for desactivado, o NMPC corre sério risco de desaparecer.
É imperioso, portanto, que se faça alguma coisa antes que esse cenário possa ser uma realidade. E mesmo que não perfile no horizonte – como já se perfilou –, há que dignificar aquele espaço como merece. A melhor forma de afastar definitivamente esse perigo e de o dignificar é classificar o Posto de Comando, no mínimo, como edifício de interesse público. A possibilidade maximalista seria classificá-lo como monumento nacional. Contudo, já vimos que nenhuma autoridade pública manifestou a intenção de o fazer. Quer os poderes locais, quer os poderes centrais, sempre se mantiveram à margem do problema. Resta o poder dos cidadãos. Só um significativo movimento cívico poderá forçar quem de direito a cuidar deste património tão simbólico para a conquista da democracia e da liberdade proporcionada pelo MFA.
É essa a finalidade da criação da de um espaço dos Amigos do Posto de Comando no Facebook. Vamos criar um movimento cívico que ponha a circular uma petição para apresentar à Assembleia da República, no sentido de tomarem todas as providências necessárias à preservação do edifício onde se instalaram os militares que comandaram as operações de 25 de Abril de 1974.
Torne-se “amigo” da rede do Posto de Comando no Facebook, assine a petição e traga outros amigos para esta causa cívica.

A ESCOLHA DO POSTO DE COMANDO - 11

A escolha do RE-1 para Posto de Comando na "Ordem de Operações", de Otelo Saraiva de Carvalho.

À beira do 36º aniversário do 25 de Abril, muita gente desconhece ainda a razão da escolha do Regimento de Engenharia Nº 1, na Pontinha, para Posto de Comando do MFA. Vamos, esta semana, divulgar como se processou essa escolha e o excerto do Plano de Operações do major Otelo Saraiva de Carvalho onde se atribui a missão ao Posto de Comando.
A escolha do RE-1 para comandar as operações do 25 de Abril partiu de uma sugestão do tenente-coronel Nuno Fisher Lopes Pires, que tinha sido segundo comandante daquela unidade militar até ao dia 6 de Março daquele ano. O capitão Luís Macedo, outro militar do RE-1 e ainda em serviço durante as operações do 25 de Abril, apoiou a proposta e não houve dúvidas em aceitar a sugestão de Lopes Pires, visto que reunia todas as condições necessárias: estar perto de Lisboa, mas fora da cidade, ser uma unidade da confiança do MFA, dar poucas possibilidades de as forças governamentais a descobrirem, dado que se tratava de uma unidade de engenharia e não de artilharia, por exemplo, como seria mais provável.
Eis o texto do Plano de Operações:
“Protege e defende a unidade a todo o custo. Selecciona um local elevado para montagem do PC. Selecciona um local, bem guardado, onde possam ser recebidos os oficiais superiores e os agentes da Brigada de Trânsito da GNR presos, a seguirem ao seu destino findo o estado de insurreição. Prepara a central telefónica para a emissão e recepção de telefonemas.”
(Plano de Operações, Otelo Saraiva de Carvalho).
E, tal como se previa, ali ficaram detidas algumas figuras gradas do regime, tais como Marcelo Caetano, o presidente do Conselho de Ministros e Silva Pais, o chefe da PIDE/DGS. Respeitosamente tratados pelos Capitães de Abril, seriam libertados e pacificamente conduzidas a casa ou ao exílio.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

FICHAS DE TRABALHO PARA AS ESCOLAS-10

Exposição do Posto de Comando

Na sequência das crónicas que tenho publicado sobre o Núcleo Museológico do Posto de Comando do MFA e considerando que aquele espaço de memória está subaproveitado, resolvi, depois das propostas organizativas, programáticas e dinamizadoras, elaborar um conjunto de fichas de trabalho, destinadas aos professores (principalmente os de História), para apoio às visitas de estudo.
Este tipo de projectos sempre esteve na mente da direcção da Associação Não Apaguem a Memória, pelo que é sob os seus auspícios que é lançado e disponibilizado um modelo de ficha para o 4º, 6º, 9º e 12º anos, em PDF, que se pode descarregar livremente e ser aplicada aos alunos desses anos curriculares em que o 25 de Abril é estudado nas escolas.
As fichas foram concebidas para que cada aluno faça o seu próprio estudo da importância do Posto de Comando no 25 de Abril e conheça factos e personalidades decisivas para o sucesso da revolução. Procurou-se aumentar o grau de dificuldade à medida que a ficha se destinava aos níveis curriculares mais elevados. Mas, somo os alunos, as turmas e as escolas não são todos iguais, qualquer professor pode usar questões das fichas previstas para os outros anos, retirar ou acrescentar perguntas. Obviamente, os alunos também podem descarregar as fichas e usá-las autonomamente, assim como qualquer visitante.
Estas são as primeiras fichas, pois já estão a ser concebidas outras fichas complementares, com sugestões de trabalho de pesquisa individual (designadamente na Internet) e trabalhos de grupo (por exemplo, apresentações em PowerPoint). Os anos curriculares estão identificados do seguinte modo: 1- 4º ano; 2- 6º ano; 3- 9º ano; 4- 12º ano. Sugestões e críticas são bem-vindas.
Podem descarregar-se as fichas em:
4º ANO
6º ANO
9º ANO
12º ANO

O SITE DO POSTO DE COMANDO - 9

Auditório do Posto de Comando

A Câmara Municipal de Odivelas alojou o Núcleo Museológico do Posto de Comando na sua página em http://www.cm-odivelas.pt/Extras/MFA/. Os objectivos da sua criação eram permitir a preparação da visita ao local ou a visita virtual para quem não a pudesse deslocar-se lá.
Passados alguns anos desde a disponibilização desta página na Internet, não só não houve actualizações ou uma aposta séria neste meio privilegiado de chegar, por exemplo, às escolas, como há desactualizações (“Visita Virtual”), ou deixaram mesmo de funcionar alguns “botões” estruturantes, a saber: “Centro de Documentação”, “Arquivo do Núcleo”, “Informações”, “Apoio Escolar”, “Fórum 25 de Abril Vivo”, “Pesquisar”.
Restam a possibilidade de aceder ao conteúdo dos painéis da “Sala de Exposição”, à “Sala do Posto de Comando” e à “Cronologia”, o que é muito importante para quem quer ficar com uma ideia do Núcleo Museológico, do 25 de Abril e do papel do Posto de Comando.
Em suma, o site não está operacional e a câmara, ao invés de apostar nele, deixou-o cair e nem sequer aposta na sua divulgação à própria comunidade escolar de Odivelas. É mais um subaproveitamento daquele património e dos meios para o dar a conhecer e implementar o próprio estudo do 25 de Abril a partir dele.
Sublinhe-se o enorme potencial do “Apoio Escolar”, se se tratar de o dotar de guiões de visitas de estudo, de fichas de trabalho, de jogos didácticos, de concursos, adaptados aos vários níveis curriculares. Uma boa ligação às escolas produziria um maior estímulo para o aproveitamento didáctico do Posto de Comando.
Infelizmente, quando falamos do Posto de Comando, regressamos sempre ao puro abandono, por parte da CMO, daquele espaço de memória do 25 de Abril e da não aposta nas suas enormes potencialidades como cartão de visita patrimonial do concelho.

domingo, 17 de janeiro de 2010

CORRESPONDER À PARTICIPAÇÃO CÍVICA-8

António Guterres na inauguração do Núcleo Museológico do Posto de Comando do MFA, em 24 de Abril de 2001.

No dia 29 de Dezembro recebi um e-mail da presidência da câmara de Odivelas – que muitos munícipes devem ter recebido –, onde desejava bom ano novo e apelava à colaboração de todos:
“Este é o tempo de resistir às dificuldades, aos obstáculos, às ameaças com que cada um pode ser confrontado. Se soubermos fazer dos nossos problemas e divisões uma força, então seremos mais coesos, porque na verdade “Se todos nós fizéssemos as coisas que temos capacidade para fazer, ficaríamos verdadeiramente impressionados connosco mesmos” (Thomas Edison).
A sua Presidente
Susana Amador”.

Respondi à Presidente e, obviamente, não obtive resposta, pelo que resolvi tornar público o meu e-mail:
“Cara Presidente,
Agradeço-lhe os votos de bom início de 2010 e devolvo-lhe a citada frase de Thomas Edison. De facto, estou neste preciso momento a trabalhar em ideias para dinamizar o Posto de Comando do MFA. Ninguém me paga para isso, nem esse é o meu objectivo. Tal como tenho vindo a fazer semanalmente no Nova Odivelas, não me tenho limitado a criticar, pelo que estou a concretizar alguns materiais didácticos para os estudantes e professores do nosso concelho (e não só) utilizarem no NMPCMFA. Este é o meu contributo cívico.
Espero, muito sinceramente, que o Novo Ano seja o início da mudança de atitude da CMO face àquele núcleo museológico, tornando-o uma prioridade estratégica da política cultural do município que a Drª Susana Amador dirige. Se tiver a coragem para implementar tal projecto, conte comigo – como sempre – para dinamizar o Posto de Comando. Acredite que não lhe estou a pedir nada para mim (coisa invulgar...), mas para aquele património singular para o concelho e para o país.
O seu Munícipe,
Jorge Martins”.
Não basta apelar à participação cívica, é indispensável tê-la em conta e agir em conformidade, integrando os contributos dos munícipes nas políticas autárquicas.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

ROTEIRO 25 DE ABRIL DE ODIVELAS-7

Spínola e Vítor Alves na Conferência de Imprensa da Junta de Salvação Nacional no Posto de Comando na manhã de 26 de Abril de 1974.

O concelho de Odivelas tem, para além do Posto de Comando do MFA, um outro local de memória do 25 de Abril. Trata-se de um apartamento situado na Rua Professor Doutor Abreu Lopes, no nº 24, 2º Dtº, em pleno coração da cidade de Odivelas, devidamente assinalado pela Câmara Municipal.
Entre as reuniões que o Movimento dos Capitães realizou entre o Verão de 1973 e a Primavera de 1974, uma delas teve lugar naquele apartamento, precisamente no dia 6 de Outubro de 1973. Por questões de segurança face a mais que possíveis retaliações por parte do regime, os capitães decidiram fazer uma reunião quadripartida naquela data.
Odivelas foi um dos locais escolhidos, precisamente aquele em que Vasco Lourenço, um dos coordenadores do movimento, estaria presente. Nesse dia estavam em discussão várias propostas de continuidade da acção do Movimento, com diferentes implicações políticas para os capitães.
Perante o impasse na escolha da proposta a aprovar, Vasco Lourenço telefonou para a casa onde estava Dinis de Almeida e perguntou qual é que tinha sido ali aprovada. Obtendo como resposta a mesma hesitação, assegurou que em Odivelas tinham aprovado a proposta que ele defendia, pelo que Dinis de Almeida respondeu que iria, então, propor que também fosse aprovada na sua reunião. De seguida, Vasco Lourenço telefonou para os outros dois locais e disse-lhes o mesmo e obteve a anuência dos seus camaradas. Reentrando na sala onde decorria a sua reunião, informou que os outros três locais haviam aprovado a sua proposta, o que levou os militares reunidos em Odivelas a aceitarem-na. E, desta forma pouco ortodoxa avançou o Movimento dos Capitães.
Sem dúvida que este apartamento e o Posto de Comando constituem dois pontos incontornáveis de um desejável Roteiro 25 de Abril de Odivelas.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

PRODUZIR RECURSOS EDUCATIVOS-6



Uma simples visita ao Posto de Comando, mesmo guiada, constitui um subaproveitamento das potencialidades pedagógicas daquele espaço de memória do 25 de Abril. Com efeito, urge produzir recursos educativos, para que as escolas possam preparar e tirar o máximo proveito das visitas de estudo.
A Divisão de Cultura do município poderia e deveria assumir a criação de uma linha editorial, vocacionada para a edição de materiais didácticos. Não serão os custos desse projecto editorial um obstáculo intransponível. O modelo de folhas A4 dobradas e agrafadas, permitiria a impressão de pequenos textos – entrevistas aos operacionais do Posto de Comando, biografias de capitães de Abril, pequenos textos historiográficos – e a sua distribuição pelas escolas do concelho, prioritariamente aos alunos que estudam o 25 de Abril: 4º, 6º, 9º e 12º anos de escolaridade.
Um outro recurso educativo de fácil execução é a criação de fichas de trabalho de acordo com os programas escolares dos anos curriculares acima citados. Se se disponibilizar um modelo de ficha para os professores (particularmente os de História) aplicarem aos seus alunos, muito beneficiaria o estudo do 25 de Abril nas nossas escolas. Não podemos esperar que sejam os professores a produzir esses materiais didácticos. À falta de uma equipa específica do Posto de Comando, poderia ficar essa tarefa a cargo dos técnicos das Divisões de Cultura ou/e de Educação da câmara.
Argumentarão alguns que isso é difícil e que os técnicos já têm outras obrigações profissionais. Seja. Por isso, já aqui defendi as vantagens da criação de uma equipa específica do Posto de Comando. Mas, para demonstrar que é possível, divulgaremos aqui brevemente uma proposta de modelo de ficha de trabalho.

PROTOCOLOS CULTURAIS INTERMUNICIPAIS-5



O Posto de Comando não é tão reconhecido fora (e dentro?) concelho de Odivelas como seria desejável, atendendo ao papel decisivo desempenhado no 25 de Abril. Há que fazer alguma coisa para inverter essa situação.
Não se pode imputar ao município odivelense – e à própria Junta de Freguesia da Pontinha – a responsabilidade exclusiva por esse défice de projecção externa. Não obstante, a inércia nada resolverá. Há uma obrigação inalienável dos poderes locais para superar o problema, pois dificilmente essa iniciativa virá de fora.
Reconheça-se algum esforço para criar roteiros culturais que incluem a visita ao Posto de Comando. Mas não foram eficazes para proporcionar uma maior procura, por exemplo, das escolas dos concelhos limítrofes. O crescimento em espiral parece ser a melhor estratégia, até porque estamos paredes-meias com a capital.
Na realidade, os municípios estão habitualmente muito fechados sobre si próprios, quando a solução para muitos problemas passa forçosamente por um planeamento estratégico integrado. Isto é verdade para os transportes e as comunicações, para o abastecimento e os serviços, para a saúde e a educação e para a cultura e o turismo. Parcerias culturais e patrimoniais precisam-se!
Se olharmos à nossa volta, verificamos que estamos circundados por municípios mais antigos e experientes, com uma dinâmica cultural compreensivelmente mais consolidada. Não podemos isolar-nos de Loures (da desanexação do qual nasceu o de Odivelas), de Lisboa, da Amadora e de Sintra, nossos vizinhos. Muito ganharíamos (e eles também) se estabelecêssemos protocolos culturais com esses municípios e o Posto de Comando teria uma boa oportunidade de afirmar externamente. Alguém te de tomar a iniciativa. Por que não Odivelas?